Por: Marco Clivati –
Nele, reis, rainhas, peões, cavalos, claros e escuros coexistem. Nesse tabuleiro não há oponente, não existe maior ou menor nem mais forte ou mais fraco. Também não existem regras definidas nem estratégias a serem seguidas. Não se trata de um jogo, pois desse tabuleiro ninguém sai vitorioso ou derrotado.
Peças ao seu redor tentarão impor a você suas próprias regras. Vão dizer para onde você deve seguir e colocar limites dentro do tabuleiro. Não dê atenção. É você quem escolhe para onde ir e as fronteiras de cada movimento.
Não tente se mover para agradar outras peças ou satisfazer o seu ego. Agir com esse intuito é uma ilusão. Mova sua peça por inteiro e apenas se o propósito do movimento for verdadeiro.
Algumas de suas escolhas vão fazê-lo sofrer, mas não são certas ou erradas por isso. Não tente culpar ninguém. O único responsável pelos movimentos de sua peça nesse tabuleiro é você.
Por mais que a vida possa parecer um jogo, não a encare como tal. Não viva como se estivesse em uma partida de xadrez, fazendo cálculos, estudando estratégias. No tabuleiro da vida, o xeque-mate é inevitável. Por isso, aproveite todos os momentos, cada pausa, cada deslize e cada movimento nesse incrível tabuleiro da vida.
Esse texto foi retirado da Revista dos Vegetarianos, seção Editorial, edição 125.