Por: Marco Clivati –

Muitas vezes, acontecem em uma fração de segundo. As transformações interiores, aquelas que quebram os próprios paradigmas, são assim. É como despertar para um novo mundo, uma nova realidade.

Não é diferente ao despertar moralmente em relação aos animais. É como se um véu, que antes cobria a consciência, fenecesse. Os animais deixam de ser alimento, entretenimento, peça de vestuário, instrumento da ciência… Deixam de ser objetos, coisas para o bel-prazer. Agora eles são tratados como seres que têm o direito à vida, assim como eu e você.

A mudança individual é ligeira. Rápida como um raio. Já mudar o paradigma de uma sociedade leva gerações, anos e anos. Ela acontece lentamente, não do dia para noite. Mas, aos poucos, a cada novo véu que evapora, ela vai acontecendo. Quanto mais pessoas despertam, maior é a força para romper os paradigmas da sociedade.

Como disse o vegetariano Leonardo da Vinci, “chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal e, nesse dia, todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade”. Esse dia está cada vez mais próximo.

Esse texto foi retirado da Revista dos Vegetarianos, seção Editorial, edição 123.