Por: Marco Clivati –

Incapazes de reconhecer a grande matriarca, exploram a Mãe Terra sem pudor. Não percebem que, ao agredi-la, violentam a si e a seus semelhantes.

No acolhedor e milagroso ventre da Mãe Terra, todos são embriões. Aqui a Mãe agracia seus filhos com o oxigênio de sua placenta. Com muito afeto, nutre suas crias com águas que brotam de suas veias e alimentos que surgem de sua pele fértil.

Sem darem conta de que são filhos da mesma Mãe, compartilhando do mesmo ventre, alguns seguem seu ritual de destruição e ingratidão. Estão cegos e surdos. Não dão atenção aos alertas da Mãe, que padece por tanta ingratidão.

Mas nem todos os filhos estão inconscientes. Há um grande número deles que a tratam com zelo, com respeito. São gratos com a matriarca pelos passeios ao redor do Sol, por cada novo dia abençoado. São gratos por poderem dividir do mesmo ventre com seus irmãos, independentemente da espécie.

Respeitar a Mãe Terra é premissa da vida. Agradeça e respeite com todo o seu apreço por ela permitir a sua existência.

 

Esse texto foi retirado da Revista dos Vegetarianos, seção Editorial, edição 114.