• Origem

De polpa verde e sementes pretas, o kiwi (ou quivi) é uma fruta de sabor ácido, originária da China. O engenheiro agrônomo Samar Velho da Silveira, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, conta que ela só chegou aos países europeus, aos Estados Unidos e à Nova Zelândia no século 19, por conta do trabalho de botânicos. Aqui no Brasil, 70% dos kiwis consumidos são importados. A fruta, que chegou aos solos brasileiros apenas em 1971, é hoje produzida principalmente na Serra Gaúcha.
 

  • Propriedades nutricionais

No quesito vitamina C, o kiwi é riquíssimo e deixa a laranja para trás. A importância dessa vitamina está na ação antioxidante, que protege as células contra os radicais livres, evitando o envelhecimento precoce e câncer. A fruta está repleta de nutrientes como o ácido fólico (vitamina B9), o potássio, o cálcio e o fósforo. Além disso, conta com a pectina, uma fibra que auxilia no controle dos níveis de colesterol no sangue. “A união desses compostos oferece um anticancerígeno e anti-inflamatório que reforça a imunidade”, diz Cátia Medeiros, da empresa “Atual Nutrição”, em São Paulo. A nutricionista indica o consumo de uma unidade por dia, de preferência in natura para preservar a vitamina C.
 

  • Propriedades medicinais

Se o problema é pressão alta, o kiwi pode ser a escolha certa. Em 2011, a Associação Americana do Coração realizou um estudo com 118 pessoas que mostrou que o consumo diário da fruta pode influenciar na pressão sistólica (que representa o número maior, quando se mede a pressão). A suspeita é de que a luteína, um pigmento antioxidante, possa provocar tal efeito. Segundo Cátia Medeiros, junto a zeaxantina, a luteína pode atuar na saúde dos olhos, prevenindo a degeneração relacionada à idade, o glaucoma e a catarata. Rico em água e fibras, o kiwi ajuda ainda na prisão de ventre. Um estudo realizado em Taiwan mostrou que pacientes com a síndrome do intestino irritável, que sofriam de constipação, apresentaram melhoras após incorporarem o kiwi à dieta. “Estas fibras dietéticas do kiwi têm alta capacidade de retenção de água, o que facilita a formação do bolo fecal”, explica Cátia. Evite a fruta somente se possuir alergia, gastrite severa ou esofagite.

 

Esse trecho foi retirado da Revista dos Vegetarianos, seção Alimento Reino Vegetal, edição 83.